Ser o maior ídolo de um clube centenário, com incontáveis vitórias, títulos, glórias e craques, não é uma tarefa fácil. Mas, sim, para um gigante, que, como o próprio dicionário define, é um “homem imenso, de poderes sobrenaturais”.
Hoje, doze anos após sua chegada ao Corinthians e mais de setecentos jogos depois, seria tão imaginativo pensar que esse homem imenso, de 1,96m, tenha de fato poderes sobrenaturais?
Será puro acaso que aquele chute de Diego Souza tenha levemente desviado em suas mãos, selando o caminho de um dos maiores títulos da história do Corinthians? Ou foi mesmo sorte que o melhor jogador do Mundial de Clubes daquele ano tenha sido o Gigante? Os trinta e dois pênaltis batidos contra Cássio e defendidos por ele foram fruto de uma coincidência? Seus nove títulos, mais de trezentas vitórias, as incontáveis defesas impressionantes, a liderança habitual, a idolatria, a história… Apenas sorte?
Bom, é hora de manter os pés no chão. De preferência, na linha do gol, como vem sendo habitual no dia a dia de Cássio, nesses onze anos de Corinthians. Contar sua história é contar a história do Timão, do Time do Povo, do Bando de Loucos, do Campeão dos Campeões.
E assim como a história desse gigantesco clube, a de Cássio é entusiasmante de contar. Ainda mais ao conhecermos os relatos de quem o acompanhou, sempre seguidos por frases como “Ninguém é maior que você”, dita pelo também craque Neto, ou “O maior da história do Corinthians”, como citou Ronaldo Giovanelli, ou quem sabe o agradecimento do ex-treinador da Seleção, Tite, que disse “Graças a essas duas mãozinhas, eu estou aqui na Seleção”.
Não, talvez Cássio realmente tenha poderes sobrenaturais. Talvez não sejam aqueles dos filmes de super-heróis e fantasia. Mas por que não? Se um herói é um ser de imensa força, cativante, ídolo e que alcança resultados impressionantes mesmo na adversidade, por que não acreditar que Cássio é, sim, um super-herói?